

Conhecendo nossos mentores – Nicole Alvarez
Se há 10 anos atrás falassem pra mim que eu estaria morando no Brasil e sendo parte do time de mentoria com uma das melhores taxas de aprovação do país, eu não acreditaria
Desde pequena, eu sabia que queria trabalhar com alguma coisa que se relacionasse com ajudar as pessoas.No início queria ser paramédica. Depois eu fui crescendo e a ideia de ser médica ficou mais real. Com 14 anos tinha certeza que minha vida ia ser dedicada à medicina. Entrei com 18 na faculdade, vivi cada ano intensamente, estudei muito e me formei com um CR maior que 8 em todos os anos.
Na época eu estava querendo ir para Espanha ou México para fazer residência. O Brasil nunca foi uma opção (acredito que era porque na época não falava português).
Mas a vida foi me mostrando aos poucos o caminho. No meu 1º dia de aula conheci o Samuel, meu atual esposo. Ele é brasileiro e, além de me conhecer (rs.), foi fazer medicina na Bolívia. Depois de nos formar, decidimos tentar fazer o Revalida para morarmos aqui.
Eu morria de medo da prova, com índice de aprovados menor de 10% na época. Então, como boa melancólica que sou, organizei os estudos para nós dois. Fizemos um cursinho super caro pois em 2016 não tinha nosso queridinho MedQ para nos ajudar.
Estudávamos todos os dias das 6:15 até às 12:30 e depois das 14:00 até às 18:00 horas. Os meses passaram e a ansiedade aumentava, fiquei doente, não conseguia comer muito porque tinha gastrite, todos os dias com dor de estômago, perdi peso, e cheguei a pesar 46 kg. Eu não sabia muito bem como estudar na época, tentamos um monte de dicas que nos passaram, algumas funcionavam e outras não.
Finalmente, chegou o dia da 1a fase da prova e… fomos muito bem!
Na segunda fase, como era prova prática, nosso estilo de estudo mudou. Precisávamos treinar atuando, então o Samuel olhava o checklist enquanto eu treinava a estação e depois revezávamos.
Na época estávamos morando na casa de um casal de amigos nossos de favor em São Paulo, foram várias semanas juntos. Acabou que fizemos uma grande amizade e eles até nos chamaram para sermos padrinhos do Theo, filho deles.
Fizemos a segunda fase do Revalida no HC de São Paulo, lugar imponente que só de estar ali, fiquei insegura. Foram 2 dias bem intensos, mas saímos com a sensação que fizemos um bom trabalho.
Após umas semanas entrando no site do INEP sem parar, saiu o resultado e vimos do lado dos nossos nomes escrito : APROVADOS! Yes!
E depois disso foi só alegria…. só que não! Após ter nosso CRM finalmente éramos financeiramente independentes, comecei a trabalhar fazendo plantões de pediatria que sempre gostei e já coloquei o foco de estudo para a residência médica.
Quando voltei a estudar para a prova de residência médica, achei que ia ser muito mais fácil, já tinha estudado tudo para o Revalida, só que tinha um detalhe: eu já era adulta. Tinha que trabalhar, pagar as contas e estudar. E essa combinação, no início, é muito cansativa.
Percebi que precisava me organizar melhor para conseguir fazer tudo isso e ter bons resultados nas provas. Mas mesmo assim minha nota não aumentava. Eu me perguntava: porque meu estudo não estava evoluindo? Supostamente estava fazendo tudo certo , ia no cursinho, fazia resumo e lia a apostila.
Achei o perfil do Matheus Rocha no instagram por acaso e foi exatamente o que precisava na época. Não sabia como aumentar minha nota, que técnicas de estudo combinavam comigo e como aproveitar meu tempo no plantão para estudar também.
Fiz a mentoria com o Matheus e foi sensacional! Foi a ajuda que eu precisava. Melhorei a minha metodologia de estudo, comecei a estudar os assuntos que eram prioritários para minhas provas, otimizei meu tempo, aprendi meu perfil de prova, eu estava VOANDO nos estudos. Conseguia trabalhar, estudar, ir à academia e descansar!
Chegou final do ano e fiz apenas uma prova. Meu esposo já estava fazendo residência nesse hospital e queríamos continuar morando juntos. No dia da prova eu estava segura, feliz, confiante,… Coisas que não tinha sentido na última vez que fiz a prova.
Eu sabia que a vaga era minha, sabia que tinha estudado bem e que estava no controle da situação. A aprovação da residência veio como a realização de uma meta atingida que tinha começado lá no início da faculdade. Foi uma sensação incrível.
Obviamente liguei para o Matheus para contar para ele e agradecer pela ajuda. Nessa ligação, ele me comentou que queria abrir a mentoria coletiva para esse ano e queria que eu trabalhasse com ele na mentoria e no MedQ. Eu já tinha percebido que ele era um cara fora da curva, ele tinha me ajudado com o que era o mais importante para mim na época. É claro que eu aceitei a proposta.
Toda semana, o Matheus dava o treinamento de mentores e a cada mês tinha um livro novo para ler. Eu sabia que eu ia gostar, mas na verdade eu amei. Era um trabalho onde eu estudava e entendia mais sobre amadurecimento, neurociência, temperamentos e atendimento de pessoas.
2022 é nosso terceiro ano de mentoria coletiva e individual e nosso índice de aprovados só aumenta a cada ano. Poder ajudar outros médicos a aprender a estudar de verdade, se preocupar com seu paciente, deixar de se ver como simples concurseiros e entender a arte da medicina como um todo é incrível.
Um a um vamos mostrando que a medicina é nobre e deve ser `’enobrecida” todos os dias. Desde chegar pontualmente no internato a até explicar para o familiar o diagnóstico do paciente com palavras simples para eles entenderem.
Desde que comecei a trabalhar com a mentoria meus atendimentos no plantão melhoraram muito e o fato de estudar o comportamento humano me ajuda em todas as esferas tanto no profissional como no pessoal.
Esse ano faço 7 anos morando no Brasil (e o sotaque persiste). Trabalho na pediatria a metade do meu tempo e a outra metade trabalho com a mentoria, continuamos com treinamentos a noite, livros pra ler todo mês, o Matheus não para nunca rs.
Tenho certeza que é isso que estimula a todos os mentores do time O MedQ é um ambiente que te puxa pra cima sempre, a sair da sua zona de conforto e aprender coisas novas. Já tinha lido bastante sobre como o ambiente onde convivemos afeta nossas decisões e atos do dia a dia, seja positivamente ou negativamente.
Com isso deixo uma pergunta aqui no final para você refletir: Você está no ambiente que te estimula a crescer ?